SUAVIDADE

A transparência das águas do rio

Em que me banhei

A verdura da floresta do meu reino

Em que me abriguei

A beleza da mulher que Deus criou

Que sempre se amou

A inocência das crianças saudáveis

Órfãs sem ninguém

As aves cruzando o céu trinando

Com alegres cantares

As casas engradadas para proteção

Dos assaltos e vinganças

O sino da capitania que já não toca

Passou de uso e enferrujou

O porto de mar da minha bela terra

Que nunca se fará

O sabão azul e branco que bem lavava

E deixava a pele acetinada

A missa de domingo rezada e cantada

Com a hóstia que é tomada

O teu sorriso doce suplicando piedade

Mas receoso de amar

O sentimento de nunca se ter realizado

Um sonho impossível

A memória viva de tantas belas imagens

Que me ficaram gravadas

Tudo é suavidade, tão suave como o mel

Que me suaviza a pele

É a suavidade da verdade e sem maldade

Que se tornou raridade

Tudo é suavidade

Suave como tu és

Minha cara metade

Ruy Serrano - 18.07.2014, às 01:00 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 17/07/2014
Reeditado em 17/07/2014
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