CLARÃO DA LUA





Levanto-me cedo,
percorro os faróis da aurora
e vejo a Vênus de alma límpida
serena e brilho de joia,
todos os dias beijar o sol
e levar o amor para as chagas de Cristo.

E quando anoitece,
sob o clarão da lua
adquire flores no jardim da parreira.

Luz brilhante luz,
vinho no cálice até a beira.

Na fronteira à beira mar,
ao contemplar o Cristo Redentor,
o respeito é olho de infinita alegria.

O corpo é paisagem
e pelo hábito trivial das andorinhas,
o astro-rei atravessa o fogo dos girassois
e acorda o piano que toca Ave Maria.
 




Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Clarão da lua

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 15/08/2014
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T4923120
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