REVIVER!

Hoje decidi

Remontar meus destroços.

Varri a pocilga da tristeza.

Sacudi ao vento

O estigma canceroso do abandono.

Da penumbra lúgubre

Que invadia meu coração,

Fêz-se um clarão de esperança.

Abandonei o irredutível descaso

E provei o choro inocente da criança.

Colori meu arco-íris e,

Nele, desenhei minhas promissoras pegadas.

Atinei para a complacência que,

Somada ao aparente entusiasmo,

Acresce-me de convidativo sorriso.

Traumas e mágoas foram aniquilados,

Ressurgindo em mim,

A exuberância fértil da tolerância.

Em meu peito, outrora ferroso,

Ouço vibrar o sino esperançoso

Da realização que me conduzirá ao ápice.

Fagulhas de minúsculas estrelas,

Acariciam minha face,

Como que anunciando meu reviver,

Num incontido abraço com meu interior.

=RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS=

"Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 10/09/2005
Reeditado em 23/10/2005
Código do texto: T49363