SOU POETA





No princípio...
no transponível da tez nua,
na garupa do sol menino,
na alma alva do tapume bifurcado,
a espera da eclosão dos mares,
previ que a alma necessitava de poesias.

Poesia!
provei do sabor da lira de sua realeza.
Hoje tenho certeza!


Sou poeta e o sol é mais intenso
nos cabelos emaranhados
da corola da paixão.

O coração golpeia-me
com a língua de serpente feliz.

E a acessível alma de versos é:
a sombra,
o albergue,
a faca,
que corta a água da desmesura.

- Sou poeta!
estou de crina alada
e faço-me gotejamento
dos polens das uvas no lagar.
Um verbo íntimo,
intenso – denso...





Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Sou poeta

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 25/08/2014
Reeditado em 25/08/2014
Código do texto: T4936902
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