LEVANTO CEDO







Levanto cedo.
Abro o livro da labuta
e em cada estação
aguço os olhos da contemplação.

Vivo contínuo os sabores
do estalado fogo.
Na colheita madura
deposito o coração.

Aguardo a propiciação do suor
mesmo que o cerzir
seja um resistente vazio.

A floração ou respiração
que advém às provas do fogo,
vinculo-as às compotas da luz.

Na corola do amanhecer,
derramo a claridade dos poros.

No peito amigo!
Abasteço de ramagens
dos penteados sólidos
e águas saborosas sempre...









Edição de imagens e texto



 
ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 28/10/2014
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T5014247
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