DOCE MAR DE SÃO LUIS
Ah! Mar “misterioso mar”. Misterioso também é amar.
Este mar que corre do infinito para o presente,
Mar de São Luis, São Luis do “Mar...anhão”
Que acolheu mineiros e nos aconchegou no coração...
Mar que num leva e trás insistente, que lava a alma da gente;
Leva saudades pungentes dos que partiram pra sempre.
Ah! Este mar ludovicense, que sopra um vento insistente,
Da boca e narinas de Deus.
Vento que sopra a fina e branca areia, como nuvem de levíssimo talco,
Que enfunou velas de naus e caravelas;
Que empurrou intrépidos marujos navegantes
Por mares Jamais navegados dantes;
Que com suas canções dolentes choraram a pátria distante.
Ah este mar que pródigo se derrama, que beija e sacia a areia,
Alvíssima areia que sob os pés se escorre e escapa,
Que cintilou em corpos tisnados pelo sol tropical
De uma gente primitiva, irmãos nossos desta Pindorama sem igual;
Este mesmo mar que hoje nos cobre de um doce e suave sal.
Ah! Mar, alguém já dizia “é doce morrer no mar”.
Ah! Mar, que reflete a luz de um sol abrasador,
Que enche de alegria a alma de qualquer mortal.
E se “é doce morrer no mar”, mais doce é viver pelo mar.
E amar... Ah! Mar.
J.Mercês
29/9/14