VOO DE BORBOLETA

(Por Aglaure Martins)

Renasço onde morro...

Nas cantigas de ninar [meu renovo];

fio de aço amarrado aos sapatos

feito marionete nas mãos do tempo.

E agora? Canta a esperança?

Sim, pois é cedo, nado no vácuo

e a cada impulso propago

sinapses dos meus pensamentos.

Nos 'girus', vago como vagalume

piscando no escuro, guiando meu mundo

inundado de ilusão.

Me atiro como flecha, como bala de canhão,

voo de borboleta a borboletear no espaço,

foi-se o cansaço, agregou-se a paixão.

E agora? O que resta?

A reta que se revela...

Serena, perene, aberta.

...Porque na pausa desse meu mundo caracolar finalmente voltou a voar a borboleta.

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JP27112014

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 27/11/2014
Código do texto: T5050025
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