Sujeito oculto

"O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos

anuncio uma boa nova que será alegria para

todo povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi

um Salvador, que é o Cristo Jesus".

(Lucas 2,10 e 11)

Quem sou eu, Senhor, para que venhas a mim?

Senão este ser abjeto envolvido em tanto erro

Esgotando a vitalidade que se aproximou do fim

Réu atirado ao exílio, aqui, neste ermo desterro

Quem sou eu, Senhor, para que seja digno de ti?

Um coração levado por embarcações perigosas

Tentando atracar num porto que nunca descobri

Experienciando inúmeras situações desastrosas

Quem sou eu, Senhor, para que me volte a face?

Se há um véu envelhecido que cobre meu rosto

Entre milhões de corações ao meu perscrutaste

Penetrando nesta vil morada infiel, predisposto

Quem sou eu, Senhor, para que de mim condoas?

Perdulário, ateei fora talentos a mim confiados

Andarilho nômade entre as tantas bodegas à-toa

Em meio a iguais criaturas de olhares apressados

Por infinitas vezes chorei lágrimas do dissabor

Por tantas vezes tentei abandonar minha vida

Mas, não importa quem sou eu, meu Senhor

Vieste, foste capaz de curar toda a dor sentida

Agora, meu mestre, tornei-me um apaixonado

Nunca serei capaz de te retribuir com justiça

Seu grande e inexplicável amor transpassado

Que reconciliou essa minha existência omissa

Perdão, Senhor, por não adorar com eloquência

Porque nesse tempo de mundo, eu envelheci

Mas, estando em ti, esperarei com paciência

Pois, ao libertar-me, devolverá tudo que perdi.

* A todos meus amigos e amigas do Recanto das Letras,

meus votos de um FELIZ e SANTO NATAL do SENHOR!

James Assaf
Enviado por James Assaf em 11/12/2014
Reeditado em 11/12/2014
Código do texto: T5065916
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