A salada

A moça era esperta e cuidava da comida

vivia rindo e contava estórias,

sempre tomando a frente.

De todas as formas e cores colorindo a vida da gente.

As vezes só ela ria, das estorias que contava

Pois se sentia contente ao lado daquele povo

Que eram todos amigos.

Veio uma notícia cômica

Se não fosse trágica.

Em todos os exames o colesterol aparecia

Ninguém escapou do laudo

Até o jovem padre caiu nessa armadilha.

Por todas as casas a notícia corria

Sem preconceito ou escolha.

A batalha seria grande

Tinha que fazer direito.

Mas o que se faria agora, todos pensavam com a mão no peito.

A moça teve uma ideia

Que tal investir na salada?

Salada ninguém queria, achavam sem graça e sem gosto.

Mas ela provou o oposto.

Começou com poucas batatas

Colocando uma por uma.

Depois vieram as cenouras que entravam para o colorido

Beterrabas eram doces, portanto seriam bem vindas

As vagens imponentes, eram como fortes guerreiros em haste

Combatendo o invasor.

Todas numa travessa colocadas com carinho.

Era como uma obra de arte, ela ficava linda!

Havia de ser precisa, com sais minerais e proteína.

No fim de cada dia, a notícia se espalhava.

A moça já fez a salada!

De noite sentavam-se à mesa

À espera do santo milagre

Que até o padre aguardava

Com extrema esperança

Que saísse daquela travessa

A cura para aquela lambança.

Depois, de várias obras vindas com a travessa

Todos festejaram contentes

Haviam vencido a batalha!

Que venham as carnes, frangos e peixes

Daquele dia em diante

Mas havia de vir na frente

A salada vencedora

Para alegrar a vida da gente.

"As coisas feitas com carinho e prazer, mesmo que não curem, trazem alegria pela dedicação"

Joaquina Affonso
Enviado por Joaquina Affonso em 15/12/2014
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