A chuva e a cabana

A chuva na palha batendo

A casinha humilde... Só vendo!

E eu ali entendendo

Como é simples viver

Um povo tão puro

Tão pobre

De um coração grande... Nobre

Que sabe bem acolher

Reparte o pouco que tem

Esbanja carinho atenção

Que fico até me sentindo

Um nobre

Um rei

Um sultão

O piso de areia macia

Que até parecia

Nuvens de algodão

Fiquei com vontade

De deitar ali mesmo no chão

Da banca de pote eu via

O caneco que irradia

Felicidade alegria

De quem pode ele usar

A chuva fininha não passa

E eu já ficando sem graça

Com medo de esta a abusar

O dia foi terminando

A noite foi chegando

Dizendo pode ficar

E aquela bela mulata

Veio trazendo cachaça

Com um cigarro de palha

E começamos pitar

E o clima foi esquentando

E ela foi logo armando

Uma rede pra nós se deitar

Ai o tempo fechou

A chuva engrossou

Bom mesmo foi o amor

Que podemos gozar

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 24/02/2015
Reeditado em 27/02/2015
Código do texto: T5148213
Classificação de conteúdo: seguro