A chuva e a cabana
A chuva na palha batendo
A casinha humilde... Só vendo!
E eu ali entendendo
Como é simples viver
Um povo tão puro
Tão pobre
De um coração grande... Nobre
Que sabe bem acolher
Reparte o pouco que tem
Esbanja carinho atenção
Que fico até me sentindo
Um nobre
Um rei
Um sultão
O piso de areia macia
Que até parecia
Nuvens de algodão
Fiquei com vontade
De deitar ali mesmo no chão
Da banca de pote eu via
O caneco que irradia
Felicidade alegria
De quem pode ele usar
A chuva fininha não passa
E eu já ficando sem graça
Com medo de esta a abusar
O dia foi terminando
A noite foi chegando
Dizendo pode ficar
E aquela bela mulata
Veio trazendo cachaça
Com um cigarro de palha
E começamos pitar
E o clima foi esquentando
E ela foi logo armando
Uma rede pra nós se deitar
Ai o tempo fechou
A chuva engrossou
Bom mesmo foi o amor
Que podemos gozar