Eu escrevi a vida...

Com um graveto na areia, eu escrevi...

E em gotas de sereno para viver... Aprendi...

A doar meu coração as emoções...

Embrulhado num papel de pão.

E recolhi os papeis de balas no fim da festa...

Para que todas as palavras ditas virassem promessas...

Para guiar os amores perdidos aos ventos...

Achar um calor para meu amor.

E numa serenata de luz onde o céu enfim se cobre de noite...

Ao ser riscado de giz será o meu caderno nas noites enluaradas...

Para declarar, prometer e dar juras... A quem quer que seja...

Que se quer arriscar a receber o amor.

Por o coração em cima de uma pedra para quem quiser...

Como se fosse uma expiação de sacrifício em nome do amor...

Fazer o holocausto... De amar sem nada receber...

Pagar o preço em vida ao nome do amor.

Donizeti De Oliveira Carlos (DA)