AS VARREDEIRAS DE MINHA TERRA
(...) Nesses matizes de sonhos e esperanças
Flagro-me absorto na orla de minha Palmeiral
Na mente, aquele macio pião de laranjeira...
Fazendo sorrir, meninos descalços e tuíras
Brincando de nica nos terreiros da saudade
Vejo o rio moreno que levou tantos filhos
E pelo Madeira partiram para abraçar destinos
Agora, muitos desejam regressar à Foz (...)
Alguns ávidos, pela glória que vem do povo
Este mesmo povo, que ainda roga por um Salvador
Ah! Conterrâneos, só tenho meus versos
E o amor de filho para ofertar à Terra Mater
Os sinos da matriz ainda ecoam! Em meu peito
E mesmo que essas letras se emudeçam um dia
Só quis contar-lhes, de meus delírios em poesia
Com ela narrar fragmentos de minha infância
Poemar as varredeiras embelezando a cidade
Espantando o frio das madrugadas aripuanenses
Com suas vassouras de cipó em genial sincronia
Indesistívieis! A vencer a imensa 16 de Fevereiro
Livrando o sagrado pão com disposição e alegria!
Ainda ouço as canções de liberdade...
Que elas cantarolavam pra fazer sorrir a vida
E nos filetes de suor a rolar em seus rostos...
Honra e dignidade! Bravamente traduzidos.
( AS VARREDEIRAS DE MINHA TERRA: Fabio Ribeiro. Julho/2016 )