O chão da Biblioteca
Sento aqui neste silêncio, entre livros e traças!
Busco as respostas para esta dor que dilacera...
Em um momento a mente espreita e em vão espera,
Pelas mordazes, costumeiras e vis trapaças.
Sóbrio estou e em mim mesmo fito as mãos:
Olhos trêmulos, expressão inequívoca de brandura...
Por um momento sinto o afago da candura,
Doce momento em que me acompanhavam os irmãos!
As páginas revelam o passado esquecido!
Datas, épocas, prefácios e versículos...
Tudo enfim: algozes, mestres e discípulos.
Esquálidas figuras de um tempo todo retorcido.
As emoções afloram como que rememoradas...
Nunca soubera que folhas pudessem transmitir sentimentos;
Por um momento sinto as desventuras apagadas...
Nestes breves, tênues e insólitos momentos.