Propensão ao Imaginativo

A porta da minha casa imaginava o meu destino

A tua lembrança sempre abraçava-me, ela ia comigo

Eu ficava esgueirando por entre as casas para te encontrar

Ó. lembranças de um continente sem mar!

Eu saia à tua procura toda manhã

Eu buscava uma única vida sã.

Eu via mortos por todos os lados

Mortos-vivos, eles vagavam; à morte estavam fadados.

Eu via vivos por todos os cantos

Beirava a lucidez que reagia aos teu encantos

Consegui-te por aclamação dos meus prantos

Ó. Os meus choros eram tantos!

E você ia passando à minha direita

Você aparentava estar apressada.

Parei, olhei-te pela espreita

Fiquei parado, conseguia fazer nada.

Eu finalmente consegui te encontrar

Agora, com tantos desafios, descobri o teu lugar.

Fiquei desesperado quando quase de perdi

Ó. Ache-te vida, quero-te perto de mim.

Vivo agora vagando como um verdadeiro vivo

Guiado pela sua suprema altivez incompreendida

Apagado do fogo pelo teu sopro amigo

Ó. Nesse momento eu vivo, ó Vida.

Eu passei ao seu lado, você não me forçou por querer

Teu brilho resplandeceu e ofuscou o meu ser.

Senti-me coagido por tua imensidão

Com toda essa luz eu cai e agora você me pega pela mão

Tu me levantaste do pó que sujava a minha alma

Eu via seu poder, mas ele não me incomodava.

Tu estendeste a tua mão em minha direção

Naquele momento eu senti o amor na palma da minha mão

Senti-me coagido pela intensidade do teu amor

Tu me ajudaste a curar essa eterna dor.

Sem possibilidade de rompimento fico sem ação.

Tua infinita força me prende ao teu coração.

Daniel Lira
Enviado por Daniel Lira em 26/09/2017
Código do texto: T6125789
Classificação de conteúdo: seguro