De Primeiro

DE PRIMEIRO

Hoje pego no lápis

Prá mandar a novidade

Que recebi da cidade

Num bilhete que chegou.

De primeiro, era assim

Que o povo se entendia

A menina namoradeira

Arrancava uma folhinha

Do Caderninho surrado,

Pegava no lápis, desenhando um coração.

As paixões que expressava

Com o lápis escrevia,

E na volta do colégio

Em uma Pedra na Estrada

Bem dobradinha escondia.

O fruto de seu amor,

Achava a Pedra e pegava

O Bilhetinho amoroso.

Pois já conhecia o Truque.

Porque, de primeiro não havia

Nem o tal de “WhatsApp”

E Nem o Tal de “Facebook”.

Porto Alegre, 24 de março de 2018

Antônio Luiz Almada Prestes (Carlito Almada)