DEVANEIO

Residi na rua onde ele mora

vendo a todo instante a imagem dele.

Sei que, ausente, hoje implora

que eu volte para ele.

O amor que do primeiro olhar nasceu

alimentou-se da esperança sadia,

que, com o tempo mais cresceu

inspirando emoções que sentia.

O negrume do olhar que adoro

no devaneio dos carinhos seus,

não mais enfeita a rua onde moro,

porque está longe dos olhos meus.

Na nostalgia da minha rua

não vejo na residência em frente

as mãos brancas como a lua

que amei e beijei ternamente.

ZILMAR PIRES

Zilmar Pires
Enviado por Zilmar Pires em 29/05/2018
Reeditado em 16/06/2018
Código do texto: T6349690
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