EM UMA FESTA

EM UMA FESTA

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Um pequeno menino anda a mão com um balão de gás por entre as mesas cheias,

De copos, talheres, toalhas e pratos cadeiras distribuídas as ceias,

Grupos das pessoas as conversações diversificadas as confortáveis meias,

Gritos de alegria nos assentos dos balanços a cair disperso nas areias.

Escorregas a quem desce no peso pesado que alguém a carrega,

Dos jogos de luzes a iluminar qualquer ideia as invocações cegas;

Das corridas disputadas as secreções de algum pega;

Ruas perigosas a um veículo que a algum volume a carrega.

Barracas predispostas as concepções de cada escolhido pedido,

Lições dantescas as diversificações ilusórias de um elo perdido;

Das relações aleatórias a tudo de que deva estar envolvido,

De um remédio excitante a um anestésico a forma de um comprimido.

Movimentos a informar obcecante a quem está obscuramente perdido,

A uma briga as confusões discursivas que não a fazem nenhum sentido;

Políticas as escolhas intermediárias a algum candidato de qualquer partido,

A levantar numa queda aquilo de precipício a que está caído.

Correr a bater de frente com um estranho ou um amigo,

Chafarizes, bustos, placas e estátuas sobre um tempo bastante antigo,

Cão ferozes a rosnar assombrados as sombras dos seus ladridos,

Bebês falantes as manhas indicativas as primeiras horas de um recém-nascido.

Véu de noiva sobre um altar que a leva a predestinação de um céu,

Músicas melodias que induz um embalo a uma interminável dança;

Aplausos diluídos as elegâncias dos brincos, pulseiras e anéis;

As gargalhadas das euforias de uma inebriadas festanças.

Com tanta gente contente que mal dá pra se andar,

Esbarrões pelos tráfegos intensos a trânsito a se desgarrar,

A admiração dos olhos a que se deva a cada brilho espelhar,

Balões de gás sobre registros a quem deva a mais chegar.

Maquiagens dispostas aquém quer vaidoso se embelezar.

Berros de alegrias nas brincadeiras de rodas a rodar,

Roupas exóticas as estéticas das modas a admiração deliberar,

Equilibristas sobre as suas cordas a equilibrar,

Do chão a que tem que cair por ele não a ultrapassar.

As horas da noite a que a algo a resta,

Intenções tardias pelos dias induzidos as invasões das frestas,

Violões a dar causas musicais as serenatas das serestas;

Embriagado zonzo a rodas as voltas das circuladas testas.

Por entre as barracas correrias disparam a brincar,

Rebotes dos caminhos que rumam para os lados alados,

Aconchegos que recepcionam os casais namorados,

A dança animada a todos que quer feliz dançar.

Em uma festa repentista a isca para alegre esbaldar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 26/06/2018
Reeditado em 29/06/2018
Código do texto: T6374449
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