Universo inexplorado

Hoje o dia raiou de uma maneira esplendorosa.

O sorriso fluiu de uma forma grandiosa.

Jamais tente compreender,decifrar

os versos de um poeta,nem suas lacunas,

veredas ou façanhas...

Pois sempre será algo indecifrável.

Eu gostaria de poder descrever a felicidade

em todas as suas vertentes.

Pois a mesma brilha, reluz no fundo de minha alma

de uma forma latente e incessante.

O poeta cria,inventa e brinca com os versos,

e através deles viaja no tempo,nos limites

de um mundo só seu!

O grande poeta português Fernando Pessoa

em sua poesia intitulada: Autopsicografia

relata muito bem o seu eu poético,

quando o mesmo diz:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'

Então não tente entender, nem questionar ou decifrar

as facetas ou artimanhas de um poeta,pois jamais

você conseguirá adentrar o seu mundo ou chegará

a uma perfeita ou até mesmo uma real conclusão

de sua singularidade,pois sua face é mesmo peculiar.

E assim vou sorrindo com todos os sentimentos

sejam eles adversos ou esperados por mim.

Tudo é aprendizado, tudo é vida!

"Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".

( Fernando Pessoa )

Giovânia Correia e Fernando Pessoa
Enviado por Giovânia Correia em 01/05/2019
Reeditado em 01/05/2019
Código do texto: T6636601
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