Prático
Castelos de cartas
São feitos para ruir.
Sentimentos presos
Que não querem sair
Fazem-nos obesos,
Sedentários do amor;
Sedentos de amar
Num mundo sem cor.
Castelos de cartas
Devem desmoronar.
Toda esperança falsa
Que insiste em ficar
Pra não partir corações
Deve se quebrar;
Ainda que o dançarino
Fique dançando sem par.
Castelos de cartas
Soltas pelo ar
Que caem pelos ventos
Ou ondas do mar,
Saiam do caminho
Que o meu se faz lar;
Feito de tijolos
É onde eu vou morar.