A GAROTA...

Famoso armarinho de Niterói-RJ, na década de 1920

Soneto-propaganda

Como a ave que volta ao ninho antigo,

depois de reduzido à bancarrota,

eu também quis rever, hoje, A Garota,

a princesa nos preços e no artigo.

Entrei. E o seu Elias, meu amigo,

sem de ressentimento uma só gota,

tomou-me as mãos, numa expressão marota,

e passo a passo caminhou comigo...

Era esta a casa... (oh, se me lembro e quanto),

em que, por alguns níqueis, quase nada,

eu conseguira... Quem resiste a tanto?

Fui gastando o que tinha, ao ver, armada,

uma boa fazenda em cada canto,

e em cada qual um preço camarada.

NTT.

Bergamota
Enviado por Bergamota em 08/11/2005
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