Tinha tanto ciúme,
quando era de alma menino,
que cometeria um crime,
em louco desatino.

Fui crescendo e mudando
e esse monstro verde
que tudo consome
prendi dentro da parede.

Deve estar lá
sinceramente calado
sem saber
do que tenho aprontado.

Brota do apego,
de uma alma doente
que ainda não ama
apenas reclama.

Quando nos libertamos
e ascendemos
somo felizes no pouco,
visto que crescemos.

Se em nós ele ainda tem amparo
deve ser por nosso dantesco
e certo despreparo.

Um dia eles morrerão
todos emparedados
visto não haver mais na gente
nenhuma sombra, nem pecados...