ANO BOM
Sou à janela, à meia-noite, à espera
de que surja o Ano Novo ao meu olhar...
Nos fundos, lá num quarto, uma "panetera"
aguarda a Morte, que a não quer buscar.
Risonho, alegre como a Primavera,
o Ano Novo se mostra, a rebrilhar
nas estrelas de um céu-quimera,
que nos promete um Ano Bom sem par.
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Já me havia esquecido a moribunda,
quando uma choradeira desemedida
se faz ouvir, em grande barafunda!
Falecia-me a sogra, mais ninguém...
Pela primeira vez, na minha vida,
um Ano Bom me começava bem.
NTT.