A Arte natural das coisas

XXIV - A Arte natural das coisas...

A arte que visita todas as coisas

Está na arte da fé, em toda parte

Tudo e a vida toda é pra ser arte

No inicio..., no fim e no meio...

Infinita arte, vive após a morte

Já foi queimada em livros, cinzas

Proibida, rasgada, confundida

Tentaram para sempre sepultá-la

Em túmulos ferro e concreto, certos

Que grades e cimento poderiam calar

Que vozes iriam partir, e o tempo fechar

Esqueceram que há arte no tempo

E eles não podem ver as sementes, que

Esperam o sol e chuva em paciência

E nunca, nunca param de brotar

Atravessam distancias, voam no vento

Atravessam o tempo, brotam no cimento

Nas paredes dos quartos, nos muros de ferro

Nos murmúrios de dor, na solidão

Nos lamentos em utopias, nas linhas

Dos poemas escritos a mão

A arte não precisa motivos, ela

Por si só já é a motivação,

Acena em toda a direção, em si, faz

E traz sua própria semente e calor

A água, e a rega que a faz germinar

E, em qualquer hora de qualquer dia

Haverá sempre um poema no ar...

ANGELO RONCALLY
Enviado por ANGELO RONCALLY em 23/10/2020
Reeditado em 23/10/2020
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