Águas Sagradas

Todo cabra da peste
Tem o couro sarado
Tem amor ao nordeste
Tem sangue de cangaço

Não esquece seu torrão
Tem a alma de menino
Moleque de pés no chão
Nas trilhas do desatino

Nos sonhos da lembrança
Guarda as suas cicatrizes
Do choro preso da criança
Com a alma da sina triste

A falta d’água era o enredo
Na figura de um povo sofrido
Via-se sua vontade sem medo
A esperança dava o seu grito

Hoje chegamos na realidade
Dos sonhos de Pedro Segundo
O nordestino vive a felicidade
Com o sorriso maior do mundo

Deus atendeu a nossa oração
O sertão agora virou um mar
Pelas águas da transposição
O sertanejo não vai esmolar


Créditos da Foto: Zédio
Rio São Francisco
Lago de Sobradinho-BA
Zédio Alvarez
Enviado por Zédio Alvarez em 17/02/2022
Reeditado em 17/02/2022
Código do texto: T7454293
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