CINCO CENTOS

        CINCO    CENTOS

Senhoras e senhores,

Em tudo que até hoje

Conseguí escrever,

Tem pedação de vontade

De vos bem entreter.

Vasculhei por temas,

Catei rimas,

Contei sílabas

E borracha usei,

Mas à limpo passei.

Nos poemas me apoiei,

Nos desertos sobreviví,

Nos vazios me completei

E narrei mundo que ví;

Ainda que não tão doce.

Mais amargo se fosse,

Mais poemas haveria;

Dores fustigam poetas

Que deixam coração gritar

Sempre assim, sempre será.

Para enxergar ossos

Tem-se radiografia,

Para poetas, seus escritos

São biografia,

Coração em fatias.

Na adega dos poemas,

Abrigo da poesia,

Moram meus pensamentos,

Expressões líricas

Dos meus sentimentos.

Oito anos depois

Da primeira capa

Ao mundo mostrar,

Entusiasmo crescido

E versos cobrando falar.

Aos poucos fui juntando

Duvidando que alcançaria,

Admirando todos os rebentos;

Peça que agora se lê

Tem o número quinhentos.

AMN DIDO
Enviado por AMN DIDO em 09/12/2022
Código do texto: T7668436
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