O Jardim de Minha Alma

No vasto jardim da minha alma,

Existem flores de todas as cores,

Que desabrocham em cada verso,

E florescem dentro de meus amores.

Há o lírio branco da pureza,

A rosa rubra e negra da paixão,

E o girassol da alegre esperança,

Que ilumina o meu sentir e razão.

Há também a flor do esquecimento,

Que eu planto com zelo e delicadeza

Para olvidar as mágoas do aviltamento,

E reviver a vida com mais graça e leveza.

As lembranças são galhos de florescimento,

Que se erguem serenamente em direção ao céu;

As nuvens são os profundos e leves pensamentos

Que flutuam livremente sobre casebres e véus.

As estrelas são os tácitos e ávidos desejos,

Que brilham nas longas noites duras e escuras,

E a lua, de minha turva alma, é o lampejo,

Que reflete o receio de minha pura ternura.

Cada pétala é o vaivém da onda de poesia

Que canta serenamente na praia com o vento;

E cada folha escrita é a nova aurora do dia

Que traz cafés, beijos, mensagens e alentos.

Eu sinto a eterna brisa entorpecida,

Que afaga os trajetos de meu rosto,

A poesia me enche de gratidão à vida

Por tudo que me foi vivido e posto.

E assim, eu sigo firme pelo meu vasto jardim,

Cuidando das flores como um casto querubim;

Deixo que cada pura e rubra pétala floresça,

E inebrie o meu ser com perfume e beleza.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 04/03/2023
Reeditado em 05/03/2023
Código do texto: T7732749
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