Meu Mar

Meu mar é infinito e nele tanta beleza vinda:

Ondas gigantes quebram em melodia infinda.

Água salgada que oscula a areia com ternura

Num abraço eterno que envolve a alma pura.

Nas águas profundas a vida então revela

Criaturas misteriosas, belas e singelas.

Cardumes dançam em harmonia sutil

Criando um espetáculo neste mundo hostil.

As gaivotas planam no céu de azul profundo,

Cantam línguas divinas num idioma fecundo.

O vento caminha e geme segredos à beira-mar,

Envolvendo-me em seu abraço para me acalmar.

No horizonte distante, vislumbro um veleiro,

Navega com bravura, enfrentando baleeiros.

A busca incessante por mares desconhecidos,

E descobrir certas pérolas nos ferimentos vividos.

Tuas águas salgadas acariciam a pele da areia,

Num eterno vai e vem de carícias fundas e suaves.

Teu brilho prateado reflete a linda lua alva e cheia,

E em cada maré ecoam histórias e emoções graves.

Nas tuas profundezas há vida em abundância:

Coral, peixes e seres misteriosos a nadar...

Tão vasto e incógnito, sob astros de esperança,

Tu és, ó Mar, o palco de cada drama singular.

O mar é um espelho que reflete nossos anseios,

Nossos sonhos e desejos mais almejados e cheios.

O mar acolhe nossas lágrimas salgadas e alegrias,

Em seu vasto seio, cinge-nos com gorjeios dos dias.

Ó meu imenso Mar radiante, transbordante de mistérios!

Tu és o signo da vida cheio de alquimias, ondas e refrigérios.

Teu ser nos sonda e mergulha-nos na água cristalina,

E emergimos do teu ventre em renovo de alma aquilina.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 11/07/2023
Reeditado em 11/07/2023
Código do texto: T7834719
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