Dura saudades

Nem o ácido do tempo, cruel e frio,

Dissolve a dura saudade que invade,

Em cada lembrança, um suspiro vazio,

O amor outrora doce, hoje é sombrio fade.

No eco das palavras, perdidas ao vento,

Permanece o eco de um antigo ardor,

Mas o destino, impiedoso e lento,

Transformou-o em dor, em sombra, em pavor.

Oh, como o coração sofre na espera,

Daquele toque, do olhar que se perdeu,

A saudade, pesada, como pedra austera,

Em nossos peitos, eternamente ardeu.

Assim o amor se foi, deixando apenas,

A triste sombra das memórias serenas.

Diego Schmidt Concado

Diego Schmidt
Enviado por Diego Schmidt em 09/11/2023
Código do texto: T7927913
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