Nas manhãs silenciosas

Nas manhãs silenciosas, Maria enfrentava o espelho não em busca de perfeição, mas em busca de um confidente. Seus olhos encontravam os próprios, refletindo não apenas a imagem física, mas toda uma jornada de alegrias e dores.

Não era vaidade que a fazia encarar o reflexo, mas a necessidade de se encontrar além das camadas externas. Era como se o espelho fosse um portal para sua alma, um lugar onde a sinceridade consigo mesma se revelava sem filtros.

Enquanto traçava linhas imaginárias sobre seu rosto, recordava cicatrizes e sorrisos que contavam a história de uma vida vivida com intensidade. Ali, na frente do espelho, ela não apenas se olhava, mas se reconstruía a cada olhar, lembrando-se de que a verdadeira beleza reside na autenticidade.

As lágrimas que por vezes borbulhavam não eram lágrimas de tristeza, mas gotas de autoaceitação. Era como se, ao deixar que o espelho testemunhasse suas emoções, ela se permitisse ser vulnerável consigo mesma, encontrando força na própria fragilidade.

Diego Schmidt Concado

Diego Schmidt Concado
Enviado por Diego Schmidt Concado em 14/11/2023
Código do texto: T7931504
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