Mas linhas do meu ser

Nas linhas do meu ser, feridas expostas,

Pintadas em prosa, a alma desgostosa.

Te mostro as marcas, sem pedir socorro,

Mas não as carregue, em mim, há socorro.

Sangram palavras, versos que revelam,

Cicatrizes da vida, que o tempo selam.

Não te pesares, pelas dores que trago,

No peito, a esperança é o meu agasalho.

Deixa-me expor, sem temor ou receio,

Cada lágrima escrita, em meu desfecho.

Não é desespero, é mero desvelo,

Nas palavras, encontro meu conselho.

Entende, amigo, não é fragilidade,

É a força crua, da minha verdade.

As feridas, molduras do meu caminho,

Mas em cada verso, ergo o meu abrigo.

Assim, entre rimas, exponho meu ser,

Em cada poema, deixo-me renascer.

Não carregues o peso, das minhas mágoas,

Em mim, floresce a cura, em doces águas.

Diego Schmidt Concado

Diego Schmidt
Enviado por Diego Schmidt em 14/11/2023
Código do texto: T7931514
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