Vou desfalecendo a cada momento

Navegando onde as agruras se dão

Queria que, mesmo as dores que invento

Não me custassem tamanha decepção

 

Vou sucumbindo inerte, a cada instante

Por tudo que veio, por tudo que há de vir

Pois nesse mar, nada vai ser como antes

De qual porto um dia, imaginei que parti?

 

Fiz tempestades, águas turvas eu singrei

Até que um maldito sal chegou à minha visão

Eu achava que tudo sabia? Não, não sei

Agora sigo com minha incrédula desilusão

 

Mas tu chegas suave, não consigo definir-te

Tão segura, age e acalma-me nesse confuso mar

Seu doce olhar limpa-me os olhos do porvir:

Vem, vem comigo, veja, vamos atracar...

 

Ah! Meu anjo puro, meu anjo protetor

Encheu-me de gratidão e força sem cessar

Me ensinando o que é o porto e o que é o mar

Ah! Meu anjo forte, meu anjo navegador

Queres navegar comigo, por favor?

 

 

 

Luciano Abreu
Enviado por Luciano Abreu em 16/11/2023
Reeditado em 16/11/2023
Código do texto: T7933437
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