A MOÇA DOS GIRASSÓIS

Hoje não vou pescar, hoje dispenso os anzois
passarei toda a tarde, no jardim dos girassóis,
hoje, minha  tarde sera só de tranquilidade.
Lá no bosque, entre as bromélias e parasitas,
estarei esperando, pelas sonhadas visitas
de uma formosa mulher, a moça da faculdade.

Quando consegue fugir, das centenas de saletas,
ela gosta de visitar o meu recanto das borboletas,
vem para meu sítio, por que adora o campo.
Moça rica, estudada, mas continua campeira,
ao invés das praias, das boates, prefere a poeira,
onde trata de passarinhos, e acaricia o pirilampo.

Sei que já está quase formada em medicina,
mas gosta da minha casa, que ainda tem lamparina,
vive falando que e um luxo a minha moradia.
A noite ficamos juntos na varanda, vendo o luar,
pego meu violão, para uma melodia cantar,
enquanto ela ouvindo, vai escrevendo poesia.

E uma coisa muito linda, essa nossa bela amizade,
somos só amigos, não temos nenhuma intimidade,
em nossas despedidas, trocamos um aperto de mão.
Essa minha cabana, que fica bem longe da cidade,
penso que deve ser o destino de sua saudade,
através do seu olhar, ja notou isso o meu coração.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/06/2008
Reeditado em 18/05/2009
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