Decifrando... Vidas!

Dia ruim de estranho descontentamento

Dentro de mim... Um eterno conflito...

Nunca senti em mim tamanho tormento

Lua nova em minha vida...Vou dar meu grito!

Sensações reclusas, presas num frio porão

Escuro, sintetizado em minha alma...

Eram mantidas em fragilizado cativeiro,

Distraído, não policiei direito,

Numa percepção de um átimo,

Algo desviou os meus sofrimentos...

Lembrei-me de ti,

Nunca me pergunte o porquê,

Jamais poderei lhe responder...

Lembrei-me de ti... Minha amiga..

Adriana.

Te senti forte e célere dentro de mim...

Fluía quente em minha corrente sanguínea...

Quis te decantar nesse poema...

Pensei em tuas palavras lindas

Da mais fina textura e sensibilidade

Leves, mornas, de puras verdades,

Te vi em mim... Menina

Não uma menina qualquer...

Te vi linda!... Menina-Mulher!

Minha querida,

Quisera que todos os montes, Himalaias,

Todos os alpes, cordilheiras e colinas,

Fossem uma eterna planície agrária,

Onde, das folhas, fossem feitas suas palavras,

Na messe só se colhessem as mais lindas flores

E em todas as estações se plantassem os amores.

Que seus versos e frases sinceras, fossem pequenas

Esférulas, hermeticamente fechadas, somente quando

Aos humanos ouvidos tocassem se sentisse a eclosão

De tuas lindas palavras...

Que os resíduos fossem o perfume delicioso das

Madressilvas e que eles pudessem adentrar por todos

Os mortais viventes que tivesse o privilégio de beber

De tua língua...

Que todos os humanos terrestres,

Quem dera que até os bichos pudessem,

Lhe beber, amiga!

Queria que tu foste o mais saboroso liquido,

O alimento favorito de todos nós, réles mortais,

O maior dos maiores dos rios,

Amazonas? Nilo?

Ria-se, minha querida...Muito, muito mais!

Que mesmo as plantas, Adriana

Em suas miseráveis vidas vegetais,

Tivessem oportunidade única

De, pelo menos, sentir

Tuas palavras que tanto me contenta

E muito me admira...

Agora despeço-me, minha amiga,

Quem dera pudesse te dar o céu!

Hoje, acho, cumpri o meu papel,

Confesso-te, que com meus olhos

Rasos d''água...Quase choro...

Musa desse poema, Mulher-Menina,

Cantada hoje sem muita rima,

Num momento de dúvidas e terror,

Porém, cantada com muito amor...

Esse poema é para ti,

Minha querida amiga...

Quase uma oração,

Te dei a chave do meu coração...

Decifradora de...Vidas!

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 13/07/2008
Código do texto: T1078528