LIMITES

gestos cordatos

passos certos e diretos

normalidade dos dias

sufocada a euforia

preso em letargia

encarcerado em si

âncora nos pés

desnudos de luzes

mentes atrofiadas

são pérolas sem brilhos

caminhos de espinhos

vidas castradas

do avesso na aparência

deliquências perdoadas

sopro inopinado na rotina

descerrar os olhos

mergulhados em si

viagem interior

ave sem limites

voos arrojados

braços alados

notívagos nas madrugadas

rascunhos versos guardanapos

risos soltos e estabanados

um dia para se viver

inteiro e com prazer

sorvendo os instantes

como amante

delirante

certo que o nada

há de vir

em qualquer momento

suspiro alento um fim...