UM HOMEM E UM CODINOME

UM HOMEM E UM CODINOME

Fragmentos de vidas desconhecidas! Reconhecidas por pseudônimos.

Uma sala repleta de olhares e sorrisos que estão sempre ocultos.

No meio dessa multidão admiro-te! Um eterno anônimo.

Nomes e fantasias reais! Apenas leio-te entre alguns vultos.

Se lhe dirijo uma só palavra sinto-te no meu contexto.

Por um momento! Em deslizes visualizo-te! Um rosto.

Coberto por palavras que não são reveladas! São pretextos.

Sou contagiada por sua inteligência especificada! A meu gosto.

Observo-te! Uma admiradora secreta! Escondo meus desejos.

Absorvo tuas frases com se fosse feitas para mim.

Caminhos e distâncias! Uma distinção que revejo.

Arranjos desencontrados! Encontrados em algum folhetim.

Tem conhecimento e traquejos! Olho-te pelo espelho.

Disfarço minha ansiedade! Não sei dos teus espinhos.

Seus desertos particulares são esquecidos aqui! Você é coerente.

Perfeito, com defeito! Miro teus lábios! Ofereço-te um vinho.

Reconstrói seus sonhos sem deixares vestígios nesse canto.

Festejo tua chegada! Compartilho-lhe minha admiração.

Pingo de versos! Para distrair esse momento e teu pranto.

Meu camarim de poesia são retalhos do seu coração.

Suposto sentimento involuntário! É um mal necessário! Sou ousada?

Interrogamos esses momentos incomuns! Dentro de uma sala qualquer.

Flash! Sonetos! Longos trechos! Mensagens que vem! Assim do nada.

Pessoas que entram e se vão! Sem ao menos nos deixar absorver.

São gentes! Fragmentos! Pensamentos! São tão reais esses nomes.

Palavras escondidas por sofrimentos que não vemos e sentimos.

Sentimentos cruzados por distancias! Um olhar um codinome.

Um rosto com algum gosto! Carinhos existenciais! Redimimos.

Soraia