Meu amigo Melace

Santa Tereza era um bairro familiar e tradicional.

Os anos sessenta com uma revolução,

e outra: reforma de costumes com o Moviemento hippie.

Conheci Melace, um Hippie com cabelos longos e lisos.

atraves dele vieram Arthur Senos e Renato Monza,

Nós quatro um sonho, uma Banda de Rock.

Atuante em diversos seguimentos da sociedade,

mostrou para nós que não bastava querer,

tinhamos que participar das decisões do País.

Escrevia peças de teatro contra o sistema,

Frequentava o Pier em Ipanema,

Namorava sempre alguém da mídia.

Não era um bom músico,

mas sabia bem mesclar o texto com a melodia,

até que um dia, já era noite e nós a espera de Melace

Deu 22 horas, meia noite e nada.

Deu dia seguinte, semana que vem e nada,

e até hoje não se sabe nada de Melace,

por onde anda Melace,

o que Melace fêz,

cada um de nós tinham um opinião.

Melace sumiu e aprontou conosco.

Melace foi viajar com seu novo amor.

Melace está morto.

Melace seja onde for...

Você deixou todos sem norte,

ninguém imagina sua morte,

Melace está sumido,

será que foi abduzido,

será que está no céu,

será que está no inferno

ou estará num quartel,

Melace deixou sua guitarra

e em Fátima deixou uma semente

agora nossa farra não tem sentido

esta temporariamente proíbido

se falar ou comentar

quem é Melace

mas enfim, quem é Melace,

ninguém mais lembra do Melace

-acho bom ele nem aparecer.

Um grande abraço pra você, Melace.

Mateus Ambra
Enviado por Mateus Ambra em 24/05/2009
Código do texto: T1612893
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