Cantiga da amizade

Dá-me tua mão, minha criança

E vamos percorrer os campos

Molhados do orvalho desta manhã.

Sairemos à esmo, a rolar pelas encostas

E riremos da vida

Por simplesmente vivermos.

Nada mais importa...

Nada mais interessa...

Te mostrarei a lealdade sincera das flores

Em seus ternos amores com os colibris.

Tomaremos um banho de brilhantes cores

Na cascata de luz de um belo arco-íris.

Deixaremos o vento nos açoitar os cabelos

E, quando cair a chuva,

Dançaremos agradecendo a graça que vem dos céus.

Ficaremos por horas-a-fio

Observando a eterna faina das formigas

E nos esqueceremos para sempre do egoísmo vil.

E, à tardinha, quando nos sentirmos cansados

Descansarás tua cabeça em meu colo

E dormirás embalada

Por uma poesia encantada

Que cantarei para ti.

Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 25/06/2006
Código do texto: T182354
Classificação de conteúdo: seguro