Menina com chuvas nos olhos...

Caminhando em qualquer rua, de qualquer cidade vivemos solitariamente perdidos dentro da multidão.

Chove melancolicamente, porém seus olhos expressam transbordar de sentimentos, misturam-se água e tristeza.

Agredida de diferentes maneiras desacredita suas próprias capacidades.

Angústia consome seu íntimo remetendo aos sortilégios da rua.

Parece querer expurgar junto a lágrimas sua dor.

Pede com olhar não menos cativante que o belo sorriso, desenhado por lábios fartos, ombro amigo.

Não queres ser aceita, queres a compreensão de seus sonhos.

Como cativas ouvi-la.

Intensifica cada palavra, cada gesto, seu olhar por contagiante determinação.

Agora sua face transfigura candura, desconcentrados somos atormentados pelo tempo.

Devemos retornar a casa nossa.

Seguimos abalados, carrego a felicidade de sua amizade, de sua meiguice, compartilhei palavras simples e o desejo de sua alegria.

Poderíamos estar em qualquer rua, mas não somos quaisquer pessoas, somos humanos, somos fraternos, e agora somos amigos.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 28/09/2009
Código do texto: T1835458
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