Menina com chuvas nos olhos...
Caminhando em qualquer rua, de qualquer cidade vivemos solitariamente perdidos dentro da multidão.
Chove melancolicamente, porém seus olhos expressam transbordar de sentimentos, misturam-se água e tristeza.
Agredida de diferentes maneiras desacredita suas próprias capacidades.
Angústia consome seu íntimo remetendo aos sortilégios da rua.
Parece querer expurgar junto a lágrimas sua dor.
Pede com olhar não menos cativante que o belo sorriso, desenhado por lábios fartos, ombro amigo.
Não queres ser aceita, queres a compreensão de seus sonhos.
Como cativas ouvi-la.
Intensifica cada palavra, cada gesto, seu olhar por contagiante determinação.
Agora sua face transfigura candura, desconcentrados somos atormentados pelo tempo.
Devemos retornar a casa nossa.
Seguimos abalados, carrego a felicidade de sua amizade, de sua meiguice, compartilhei palavras simples e o desejo de sua alegria.
Poderíamos estar em qualquer rua, mas não somos quaisquer pessoas, somos humanos, somos fraternos, e agora somos amigos.