ABRIGO
2004
Cara Sônia, dez anos
passaram...
O tempo voa, arrasta...
Em suas asas seus planos.
Bati em sua porta
Chorosa, saudosa,
Quase morta.
Em minhas mãos a rosa.
Transformei prosa
Em poesia,
Ofereci com amor
Minha agonia...
Você me recebeu,
Amparou,
Sua alma feminina
me acolheu.
Abriu suas portas,
Fez de seu jornal
Meu lar, meu paraíso.
Um abrigo legal!
Meus versos se espalharam,
Como chuva cálida
Em tantos lares
se abrigaram...
Com meus versos
As pessoas ficaram
surpresas. Minha história,
Meu amor, as cativaram!
Hoje pela rua me cobram,
E se me ausento, reclamam...
Sei que é ternura
Que no fundo d'alma procuram...
Cara Sônia, são dez anos
Que estou neste jornal
São dez anos, não dez dias
Num espaço tão legal!
Não sou a favor da ganância,
Não quero bens materiais ou poder...
Quero apenas a elegância
De amor, só de amor, sobreviver!