Este sorriso é teu

Este sorriso não nasceu inda agora,

ele veio de longe, sem direção parou em mim...

Escapuliu da última fagulha d’uma estrela que acabara de cair...

Dissonante, radiante, sem pressa de acabar...

Ele é teu, ofereço-te em razão da tua existência em minha vida,

da amizade, o carinho que me tens, essa troca de aventuras,

esse arremedo de sensíveis impressões...

Este sorriso acorda sempre com vontade de viver,

como fagulha de estrela, dá-se com o sol a caminhar pelas manhãs...

Levanta-se com o vôo do passarinho, não se deixa envelhecer...

Destoante, lancinante, sem vontade de chegar,

Ele é teu, como tua será minha mão nas apreensões por que passares...

Nas conversas ímpares desencadeadas, essa troca de vivências,

esse nunca estar triste, esse nunca ficar totalmente só...

Este sorriso depende muito de ti que cuida de mim

e por ele te dedicas a fazer-me rir à toa...

Portanto ele nasce e renasce sem controle, enche o rosto de meiguice,

alucinado, desmedido, atrevido, irreverente, descontrolado...

Ele é teu no trecho da eterna alegria que me provocas em todo segundo meu,

no olhar terno que me apresentas, nas emoções com que me tocas,

esse brado livre da gaitada saborosa, indescritível, imponderada que soa...

Este sorriso deu-se a mim como estática fico por receber a tua sentida atenção...

Não me abandona se é muito do que vem de ti sinceramente a mim,

nos momentos em que tua presença me é tudo apesar de eu não dizer

e me percebes triste, fazendo-me alegria qualquer a me ver de novo sorrir...

Ele é teu, posto que embora não seja de agora,

nasce e renasce comigo a todo instante em razão de te servir...

E se puder ser belo, que o seja, tu amigo que o mereces sempre assim: largo, singelo e cheio de felicidade!

Nalva
Enviado por Nalva em 14/07/2006
Reeditado em 23/01/2007
Código do texto: T194169
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