TU, MINHA MÃE

Tu, minha mãe...

Que lutaste pelas ondas desta vida

Que me ensinaste o caminho

Que hoje me traz erguida;

Ah! Como eu me lembro, Mãe,

Quando à tardinha, com os olhos vidrados

No alto mar... seguias a barquinha

Quase a naufragar!...

Tu que escrevias poemas na maresia

Com sabor a sal...

Tinhas a sabedoria das marés,

E naquele imenso areal

Tu me ensinavas a Cartilha Maternal!

Escrevias na areia...

As letras que o mar desfazia no teu peito

E lá vinham em caudais...

A apagar as vogais, os nossos castelos

Tão belos, edificados...

Eu soletrava a vida... Tu escrevias o amor!

E ambas olhávamos as estrelas

Símbolos de orentação!

- Vês, filha? Em cada constelação

Há sempre uma estrela mais brilhante...

Olha al´´em... os pontos cardeais...

Vê a Estrela do Norte! Com sua luz mais forte!

Aquela estrela é um suporte...

Um esapço que se procura...

Ela indica o Norte... é a Estrela Polar!

Porque no firmamento está a razão...

Lá no alto... há sempre uma estrela

Que ilumina um barco à vela!

Nas estrelas está a lição...

Da luz que se procura agarrar!...

Ó minha Mãe! Que sei eu? Que farei? E que faço?

Seguirei sempre no seu encalço,

como as letras, juntarei todas elas

e formarei constelações de palavras,

de emoções para aprender...

Para ser um sol a brilhar na altura

Na dimensão do Amor de cada lição

Pois no teu regaço...

Eu conheci melhor as estrelas!

Ó MInha Mãe! Tu és a estrela da minha vida

que me conduz, que me protege...

E me dá Luz!

Maria José Fraqueza - Portugal

zezinha
Enviado por zezinha em 05/09/2006
Código do texto: T233001