AO MEU AMIGO DESCONHECIDO
Era tarde...
Mas chegando em casa,
Lí os teus poemas distantes...
Oh! Meu Amigo Desconhecido!
Tu suspiras e vives
Em algum lugar, longe de mim.
Talvez perto...
Dos traços de teu rosto,
Porém, não conheço a graça
E dos dedos e fios que teceram a tua vida
Nada saberei, enquanto não ouvir de ti.
Oh! Meu grande
Amigo Desconhecido...
Amo-te sem rosto,
Por ti, quero agora enriquecer-me
Com toda a minha força,
Para te enriquecer...
E me exercitarei continuamente
Para dar...
Evitando tomar.
Pois, quando apareceres,
Atraente a meus olhos,
Não quero arrebatar-te,
Como ladrão que vem, à noite.
Mas acolher-te como tesouro ofertado,
Porque o tesouro serás tu...
Meu querido
E AMIGO DESCONHECIDO!