O verdadeiro amigo

Assim ele se desenvolveu, tinham muitos ao seu encontro. Era um deus.

Chegou sorrindo, dançou e conversou. Era o que todos queriam e ele celebrou.

Todos olhavam vibrantes, para sua voz e seu jeito. Ele tinha o poder de dominar o efeito.

Quando ninguém mais o via, todos em sua volta se entristeciam. Não sabia o que eles queriam.

Aos passos da sua trajetória, eram multidões em sua glória.

Até que um dia tudo se reverteu, o que mais tinha ele perdeu.

Era como um ser humano, como qualquer outro em seu canto.

E onde estava aquela multidão? Ela esvaziou-se na escuridão.

Não mais enxergava nada, a não ser, aquele ser que chorava.

Estava solitário no mundo dos ordinários.

Mas tudo não estava perdido, ele ainda tinha um verdadeiro amigo.

Da grande multidão que evadiu, o grande amigo surgiu.

O levantou e o alegrou. Deu-lhe forças e o transformou.

No passando quando se tinha poder, a multidão vibrava ao seu entardecer.

No presente, não se mostra mais nada, só um amigo que o acalmava.

E concluiu que apesar das circunstâncias ruins, apenas precisamos de um verdadeiro amigo.

Pois os verdadeiros amigos não estão nas multidões, eles não são grandes. Eles aparecem pequenos e se tornam grandes.

Eles não valorizam o seu poder, e sim: a simplicidade do seu ser.

João Quintans
Enviado por João Quintans em 14/02/2011
Reeditado em 14/02/2011
Código do texto: T2792135
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