Meu Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado,

Tantas retaliações, tanto perigo,

Eis que ressurge noutro o velho amigo,

Nunca perdido, sempre reencontrado.

(Soneto do Amigo- Vinícius de Moraes)

Ah, meu amigo que abraço me dá?

Que abraço me dará nesta noite?

Há tristeza rindo do meu ser.

Não diga nada. Abraça-me.

Ah, meu amigo que lutas em vãos lutamos?

Que armas nas mãos atiramos as cegas?

A sorte fugiu da gente. Ela escapuliu.

Na diga nada. Abraça-me.

Ah, amigo nossos caminhos tornaram-se tortos.

Caminhos de espinhos, dores calejadas,

Feridas que esse mundo nos deu.

Ah, amigo só quero teu abraço.

Abraço companheiro é que me resta.

Ainda não perdemos a guerra. Levanta-te.

Não diga nada. Apenas seja meu grande amigo.

(Rod.Arcadia)

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 24/02/2011
Código do texto: T2812168
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.