PODES ME DECIFRAR

Sou o que pensas de mim,

A imagem captada por tuas retinas,

Enfeitada pelo afago da tua ternura,

Ou pelo açoite do verdugo

Que possa morar em ti.

Sei que sou enigma, segredo, surpresa...

Debulho-me em lágrimas...

De medo, arredia me encolho.

Quero colo, preciso de amparo.

Se quiseres,

Podes me decifrar!

Serei a tua construção.

A argila moldável em tuas mãos.

Posso ser Anjo ou demônio.

A obra-prima esculpida em teu coração.

Mas por favor,

Não me machuques!

Tenho muitas cicatrizes,

Que ainda me causam dores.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 07/08/2011
Reeditado em 11/08/2011
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