A ROSA VESTIDA DE LÍRIO

Publicado na coletânea Vôo Independente I, edição de 2002, da Associação Gaúcha dos Escritores Independentes.

Qual rosa vestida de lírio, és tu, ó silvestre orfila.

Teu verde maduro desdobra em vermelho paixão

O lácteo perfume, qual libido obtusa meu gênio.

E o gênio empanado vê virgem em branco delírio

Tal verde de orfila traduz-se em orvalho torrente,

Hidratando olhares e, qual lente a mirar esperança,

Arrefece meu ser de espasmo pulsar inebriado,

Que, vencido a razão, só anela os beijos de orfila

Orfila, - A rosa morena enfeitada, vestida de lírio.

De branco pureza é o amor que ao vento espalhas.

Vermelho paixão – com descuido imponente me imputas.

E o verde é a esperança – móbil ostentar de teus sonhos.

Do campo, a erva que seca e se queima não és tu.

Impetuosa, és vontade emergente vencendo o destino.

Vencedora, parida não fostes – tão pouco vencida surgistes.

Agruras não temes – meu coração conhece teu poder.

És orfila – poderosa paixão; amor inocente – Orfila tu és

Brilhante na Glória
Enviado por Brilhante na Glória em 12/12/2006
Reeditado em 12/12/2006
Código do texto: T315865