Sonhos de Menino
Zezinho sonha
Faz do sonho
Imaginação,
Que seu queijo
Rodando no prato
Fundo de qualhada,
Entrando no pão,
É um trem na estação,
Rodando o mundo,
Mundo de alegria,
Vivido no mato,
Na casa da fazenda,
Na cozinha do patrão.
Carlinho corre,
A cidade toda,
De cima a baixo,
Levanta poeira,
Pés descalços,
Sem camisa,
Vento no peito,
Entra na venda,
Compra feijão,
Pra mãe fazer tutu,
Passa na capelinha,
Da cruz, sinal,
Diz pro carteiro; --olá,
Leva flores prá vó sinhá.
Tudo apronta.
Num trem de papelão.
O machado na mata,
Corta árvore,
Que na cidade,
Vira trens de montão,
Cabo de martelo,
Pra cozinha talheres,
Mesas e cadeiras,
Carrinhos e rolimãs,
Casas de sapé,
E trenzinho de todo tipo,
Pro Zezinho e o Carlinho
Brincarem de maquinista,
Viajar de turista,
Pelo mundo
E comer queijo,
Muito queijo
De várias qualidades.
José Carlos Machado
Natural de Malacacheta - MG. Mora na cidade de Capelinha, MG. Professor de Língua Portuguesa na rede pública estadual de ensino de Minas Gerais, licenciado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, pós-graduado em Língua Portuguesa e em Inglês pelas Faculdades Integradas Simonsen, do Rio de Janeiro. Pesquisador da história do Brasil, de Minas e de Capelinha; pesquisador em genealogia; poeta e escritor. OBRA PUBLICADA: Senhora da Graça da Capelinha (com referências à história de Minas Gerais e especialmente do município de Capelinha).
Minha homenagem a este mineiro, professor, brasileiro de carteirinha e de coração, que ama seu estado, sua cidade, seus costumes e tradições, é uma volta à infância, minha infância em cidade interiorana, infância presumível de uma criança mineira, quem sabe do próprio homenageado, de criança pobre, sem recursos para comprar brinquedos sofisticados, mas que cria seu próprio universo, usando material disponível e imaginação, muita imaginação, dando vazão a seus sonhos, sonhos de menino, que não deve ser desprezado.
José Carlos Machado, como se vê de seu perfil, ultrapassou os limites, seus próprios limites pessoais e territoriais. Concretiza seus sonhos, como pesquisador, viaja pelo interior da alma de seu povo e, extraí o melhor de sua terra, expondo-a ao mundo.
Sinto-me honrado em ter sido escolhido, neste primeiro amigo secreto do Recanto das Letras, para homenagear este brasileiro, mineiro, professor de escola pública.
Desejo a ele e sua família uma bênção especial de Deus, que continue iluminando sua mente e coração, dando-lhe forças para realizar seus sonhos.
Um abraço de
Rosival Muniz de Albuquerque
Zezinho sonha
Faz do sonho
Imaginação,
Que seu queijo
Rodando no prato
Fundo de qualhada,
Entrando no pão,
É um trem na estação,
Rodando o mundo,
Mundo de alegria,
Vivido no mato,
Na casa da fazenda,
Na cozinha do patrão.
Carlinho corre,
A cidade toda,
De cima a baixo,
Levanta poeira,
Pés descalços,
Sem camisa,
Vento no peito,
Entra na venda,
Compra feijão,
Pra mãe fazer tutu,
Passa na capelinha,
Da cruz, sinal,
Diz pro carteiro; --olá,
Leva flores prá vó sinhá.
Tudo apronta.
Num trem de papelão.
O machado na mata,
Corta árvore,
Que na cidade,
Vira trens de montão,
Cabo de martelo,
Pra cozinha talheres,
Mesas e cadeiras,
Carrinhos e rolimãs,
Casas de sapé,
E trenzinho de todo tipo,
Pro Zezinho e o Carlinho
Brincarem de maquinista,
Viajar de turista,
Pelo mundo
E comer queijo,
Muito queijo
De várias qualidades.
José Carlos Machado
Natural de Malacacheta - MG. Mora na cidade de Capelinha, MG. Professor de Língua Portuguesa na rede pública estadual de ensino de Minas Gerais, licenciado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, pós-graduado em Língua Portuguesa e em Inglês pelas Faculdades Integradas Simonsen, do Rio de Janeiro. Pesquisador da história do Brasil, de Minas e de Capelinha; pesquisador em genealogia; poeta e escritor. OBRA PUBLICADA: Senhora da Graça da Capelinha (com referências à história de Minas Gerais e especialmente do município de Capelinha).
Minha homenagem a este mineiro, professor, brasileiro de carteirinha e de coração, que ama seu estado, sua cidade, seus costumes e tradições, é uma volta à infância, minha infância em cidade interiorana, infância presumível de uma criança mineira, quem sabe do próprio homenageado, de criança pobre, sem recursos para comprar brinquedos sofisticados, mas que cria seu próprio universo, usando material disponível e imaginação, muita imaginação, dando vazão a seus sonhos, sonhos de menino, que não deve ser desprezado.
José Carlos Machado, como se vê de seu perfil, ultrapassou os limites, seus próprios limites pessoais e territoriais. Concretiza seus sonhos, como pesquisador, viaja pelo interior da alma de seu povo e, extraí o melhor de sua terra, expondo-a ao mundo.
Sinto-me honrado em ter sido escolhido, neste primeiro amigo secreto do Recanto das Letras, para homenagear este brasileiro, mineiro, professor de escola pública.
Desejo a ele e sua família uma bênção especial de Deus, que continue iluminando sua mente e coração, dando-lhe forças para realizar seus sonhos.
Um abraço de
Rosival Muniz de Albuquerque