MORRE O AMOR MAS NÃO A AMIZADE

Morre o amor mas não a amizade.

Na realidade um faz parte do outro,

e só o descaso e o indevido olvido,

fará fenecer as flores, agastadas

com a beleza, que entretanto se

perdeu, nos recantos dos imensos

jardins. Toco numa flor, ei-la

morta pela haste, por meu desleixo.

Não fui senão um grande sonhador,

dormindo à beira mágoa de mim,

que pelo amor, se entregou,

como às águas, que no rio se avivam.

Pretensões tive-as, na medida precisa,

mas meu ser, em total desalinho,

roubou-me o minuto fatal,

que a ser vivido, mil fragrâncias teria.

Do Homem que já fui, hoje sou metade

de mim, mas enquanto brilhar o sol,

e tuas palavras, sejam aconchego,

pena não terei, só um rasgo de alegria.

Jorge Humberto

10/09/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 10/09/2011
Código do texto: T3211661
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.