Alma de poeta
Querem tornar-me insensível
Dizem “esqueça”, “não sofra assim”...
Amigos, que conselho incrível!
Se não posso separar-me de mim
Minha alma inquieta, sem razão
Procura na lágrima incerta
O caminho tortuoso da emoção
Perdoem-me, portanto
É esta minha alma de poeta
Que, em viver por encanto, insiste
Na tênue linha dos sentidos
Sou assim, amigos:
Às vezes mais alegre, quase sempre muito triste