A morte de Josefa
Depois de sair daquele frio cemitério
Andando de baixo de chuva
Senti uma imensa necessidade
De escrever sobre uma mulher
E por isso não posso mais voltar atrás
Ela não foi Maria, nem Santinha
Mas Josefa uma grande amiga
Ela foi mulher, foi divina, foi uma heroína
Por ter criado seus filhos, sem pedido, nem ajuda
De marido, de amigo ou de família
E repousando num buraco escuro e sombrio
Envolto em flores em uma urna de defunto
Esta seu corpo que nos deixou com grande saudade
E agora sozinha, jaz, descansa nos braços do altíssimo
Essa pobre alma sofrida castigada pela sua vida
E em nossa memória viva restou
A lembrança do seu legado que ficou
Mas ainda inconformados e entristecidos
Choramos e sentimos o fim do seu caminho
Mas ainda assim, conforto para nosso coração
E saber que como um anjo do senhor
Ela agora zela por nós com carinho e paixão
Então só me resta dizer:
Descanse em paz querida amiga e irmã
Pois guardaremos teu luto nessa terra de luta
Esperando com jubilo e prosa também nossa redenção
Vivendo nossas vidas na esperança
De um dia nos encontrarmos juntos
Na morada de Jesus, cheios de luz
Como o sorriso de uma inocente criança